Uma
das lendas de Ponta Grossa narra que a região de Vila Velha havia sido
escolhida para ser a terra dos homens e ali se escondia um rico tesouro,
que estava sob a proteção do deus Tupã. Tupã por sua vez, escolhia
guerreiros valorosos, pertencentes à tribo dos Apiabas, para guardar o
local, embelezá-lo e torná-lo um imenso jardim. Porém, esses não podiam
ter contato com mulheres, pois havia o perigo delas revelarem o segredo
do tesouro aos inimigos.
Em
um dado momento, Duhí foi escolhido para ser o grande chefe, pois desde
pequeno havia sido preparado para tal missão. No entanto, o jovem não
concordava em ser celibatário. As tribos rivais ao saberem disso,
enviaram ao guerreiro uma linda moça, Aracê Poranga, que deveria
seduzi-lo e conseguir o segredo do tesouro.
Aurora
Bonita (como também é conhecida a bela jovem), em uma agradável tarde
de primavera, prepara um licor de butiás com o intuito de embebedar
Duhí. No entanto, os dois se amam e se apaixonam perdidamente, trazendo
sobre si e sobre os habitantes da região a fúria divina. O deus Tupã
para vingar-se desencadeia um terremoto, que transformou a terra de Vila
Velha em pedra, na língua indígena, Itacueretaba. Além disso, os
amantes foram petrificados, ficando ao lado da taça de pedra, e o
tesouro foi fundido, transformando-se em uma lagoa, a conhecida Lagoa
Dourada que, quando o sol bate, faz refletir o brilho do ouro.
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