No início da colonização
brasileira, ainda no século XVI, por volta de 1549, portugueses e
paulistas chegaram ao estado interessados em índios para o trabalho
escravo e na descoberta de ouro no litoral, o que fez com que cerca de
dez anos mais tarde, Paranaguá se tornasse um vilarejo e então se
transformasse na primeira cidade fundada no Sul do país.
Foram também os
portugueses e paulistas que, em 1639, se aventuraram na subida da serra
do mar para fundar o primeiro povoado do Planalto Paranaense que, mais
tarde, se tornaria a cidade de Curitiba. Em 19 de fevereiro de 1811,
foram criadas as comarcas de Paranaguá e Curitiba, que pertenciam à
província de São Paulo e que foram povoadas inicialmente por colonos e
jesuítas espanhóis.
Mais tarde, com a
descoberta do ouro em Minas Gerais a atividade mineradora perdeu força
no Paraná, e as grandes terras do estado foram então destinadas à
agropecuária e se tornaram passagem das tropas que levavam gado do Rio
Grande do Sul à São Paulo. Os tropeiros contribuíram para a colonização
de diversos povoados do estado que, posteriormente, viriam a se tornar
cidades como Curitiba, Castro e Tibagi.
O Paraná pertenceu à
província de São Paulo até 1853, quando ocorreu a emancipação política
do estado, o que foi fundamental para a elevação do nível cultural,
social e econômico do povo paranaense. Milhares de imigrantes,
principalmente alemães, italianos, poloneses e ucranianos chegaram ao
Paraná em busca de trabalho e terras férteis, tendo grande importância
na construção do estado e formando colônias por suas regiões. Entre 1853
e 1886, o Paraná recebeu cerca de 20 mil imigrantes. As estradas e
rodovias abertas em 1880, que faziam ligação com São Paulo e com o
litoral do Paraná, contribuíram para acelerar a ocupação da província. A
proibição do tráfico de escravos aumentou a procura de mão-de-obra nas
fazendas de café, principalmente no norte do Paraná, gerando o
desenvolvimento das lavouras de café e da pecuária, até então a
principal cultura do Paraná, o que levou à colonização em massa do
estado.
Em 1889, a província se
torna então estado. O carro-chefe da economia paranaense nessa época era
a erva-mate, que contribuiu para um grande avanço do estado. Os barões
da erva-mate, donos de engenhos, marcaram o século XX. Neste mesmo
período, a madeira farta das terras paranaenses atraiu estrangeiros para
o estado. Foi a exploração dessa matéria-prima que desencadeou a Guerra
do Contestado (1913 – 1916), conflito violento travado entre os
caboclos e representantes do poder estadual e federal brasileiro. A
revolta aconteceu no oeste de Santa Catarina, na divisa com o estado do
Paraná, numa região rica em madeira. O norte-americano Percival Farquhar
foi autorizado pelo governo a colonizar e explorar as terras desmatadas
ao longo da estrada de ferro, em troca da construção de trechos
ferroviários. A oeste do estado viviam os caboclos, que então lutaram
contra as tropas militares durante três anos para evitar a ocupação das
terras desmatadas.
A contínua imigração
européia também marcou a história do estado nesse século; nos anos 1920,
chegaram os imigrantes não europeus, como os japoneses, e com a
expansão do cultivo do café, o estado continuou recebendo imigrantes até
os anos 1950. Migrantes de outros estados do Brasil também ocuparam as
terras paranaenses, procuradas na época por seu baixo custo e grande
fertilidade.
http://pt.slideshare.net/aroudus/resumo-de-histria-do-paran
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