sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A Colonização Paranaense - As diversas etnias que formam nossa cultura e folclore

No início da colonização brasileira, ainda no século XVI, por volta de 1549, portugueses e paulistas chegaram ao estado interessados em índios para o trabalho escravo e na descoberta de ouro no litoral, o que fez com que cerca de dez anos mais tarde, Paranaguá se tornasse um vilarejo e então se transformasse na primeira cidade fundada no Sul do país.
Foram também os portugueses e paulistas que, em 1639, se aventuraram na subida da serra do mar para fundar o primeiro povoado do Planalto Paranaense que, mais tarde, se tornaria a cidade de Curitiba. Em 19 de fevereiro de 1811, foram criadas as comarcas de Paranaguá e Curitiba, que pertenciam à província de São Paulo e que foram povoadas inicialmente por colonos e jesuítas espanhóis.
Mais tarde, com a descoberta do ouro em Minas Gerais a atividade mineradora perdeu força no Paraná, e as grandes terras do estado foram então destinadas à agropecuária e se tornaram passagem das tropas que levavam gado do Rio Grande do Sul à São Paulo. Os tropeiros contribuíram para a colonização de diversos povoados do estado que, posteriormente, viriam a se tornar cidades como Curitiba, Castro e Tibagi.
O Paraná pertenceu à província de São Paulo até 1853, quando ocorreu a emancipação política do estado, o que foi fundamental para a elevação do nível cultural, social e econômico do povo paranaense. Milhares de imigrantes, principalmente alemães, italianos, poloneses e ucranianos chegaram ao Paraná em busca de trabalho e terras férteis, tendo grande importância na construção do estado e formando colônias por suas regiões. Entre 1853 e 1886, o Paraná recebeu cerca de 20 mil imigrantes. As estradas e rodovias abertas em 1880, que faziam ligação com São Paulo e com o litoral do Paraná, contribuíram para acelerar a ocupação da província. A proibição do tráfico de escravos aumentou a procura de mão-de-obra nas fazendas de café, principalmente no norte do Paraná, gerando o desenvolvimento das lavouras de café e da pecuária, até então a principal cultura do Paraná, o que levou à colonização em massa do estado.
Em 1889, a província se torna então estado. O carro-chefe da economia paranaense nessa época era a erva-mate, que contribuiu para um grande avanço do estado. Os barões da erva-mate, donos de engenhos, marcaram o século XX. Neste mesmo período, a madeira farta das terras paranaenses atraiu estrangeiros para o estado. Foi a exploração dessa matéria-prima que desencadeou a Guerra do Contestado (1913 – 1916), conflito violento travado entre os caboclos e representantes do poder estadual e federal brasileiro. A revolta aconteceu no oeste de Santa Catarina, na divisa com o estado do Paraná, numa região rica em madeira. O norte-americano Percival Farquhar foi autorizado pelo governo a colonizar e explorar as terras desmatadas ao longo da estrada de ferro, em troca da construção de trechos ferroviários. A oeste do estado viviam os caboclos, que então lutaram contra as tropas militares durante três anos para evitar a ocupação das terras desmatadas.
A contínua imigração européia também marcou a história do estado nesse século; nos anos 1920, chegaram os imigrantes não europeus, como os japoneses, e com a expansão do cultivo do café, o estado continuou recebendo imigrantes até os anos 1950. Migrantes de outros estados do Brasil também ocuparam as terras paranaenses, procuradas na época por seu baixo custo e grande fertilidade.








http://pt.slideshare.net/aroudus/resumo-de-histria-do-paran

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