Sabe
como o dicionário Houaiss define as palavras “superstição” e
“crendice“? Como a “crença ou noção sem base na razão ou no
conhecimento, que leva a criar falsas obrigações, a temer coisas
inócuas, a depositar confiança em coisas absurdas, sem nenhuma relação
racional entre os fatos e as supostas causas a eles associados”. Ou
seja, é acreditar em fatos ou relações sobrenaturais, fantásticas ou
extraordinárias e que também não encontram apoio nas religiões ou no
pensamento religioso.
As
crendices e superstições, na verdade, são vestígios de um passado (nem
tão) remoto, em que o ser humano tinha uma visão mágica do mundo,
acreditando que diversos fatores sobrenaturais podiam interferir
diretamente no seu dia-a-dia. Esse modo de pensar foi-se transmitindo de
geração a geração, em especial entre as camadas populares, que foram
mantidas à margem da evolução do conhecimento científico. Acaba por ser
incorporado no dia-a-dia de todos, traduzindo-se em hábitos e gestos.
Presença inevitável
Segundo o folclorista Luís da Câmara Cascudo,
“as superstições participam da própria essência intelectual humana e
não há momento na história do mundo sem a sua inevitável presença. A
elevação dos padrões de vida, o domínio da máquina, a cidade industrial
ou tumultuosa em sua grandeza assombrosa, são outros tantos viveiros de
superstições velhas, renovadas e readaptadas às necessidades modernas e
técnicas”.
Ou seja, não é preciso ser pobre nem ignorante para ser supersticioso. Como diz o ditado, “não
acredito em bruxas, mas que elas existem, existem”. Então, por via das dúvidas, mesmo as pessoas mais instruídas podem apresentar certos comportamentos supersticiosos. O cientista dinamarquês Niels Bohr (1885-1962), que ganhou o Prêmio Nobel de física, mantinha uma ferradura pregada acima da porta de sua casa…
acredito em bruxas, mas que elas existem, existem”. Então, por via das dúvidas, mesmo as pessoas mais instruídas podem apresentar certos comportamentos supersticiosos. O cientista dinamarquês Niels Bohr (1885-1962), que ganhou o Prêmio Nobel de física, mantinha uma ferradura pregada acima da porta de sua casa…
Sorte e azar
Por sua origem popular, as crendices e superstições também integram o folclore de um povo. São muitas as superstições e crendices do folclore brasileiro.
Entre elas, acredita-se que dá azar passar debaixo de uma escada,
quebrar um espelho ou cruzar com um gato preto na rua. Muita gente
também teme as sextas-feiras que caem no dia 13, em especial quando se
trata do mês de agosto – que é “mês de desgosto” ou “mês de cachorro
louco”.
As
superstições, porém, não dizem respeito somente a azar, como também à
sorte. Insetos como a joaninha e o louva-a-deus são vistos como
portadores de boa-sorte. Fazer pedidos quando se vêem estrelas cadentes,
jogar moedas em fontes, comer lentilhas ou pelar sete ondas no ano novo
seriam garantias de realização de desejos.
Mas
as crendices também podem estar relacionados a diversos outros fatos.
Por exemplo, diz-se que, quando sentimos a nossa orelha esquerda
ardendo, é porque alguém está falando mal de nós. Aliás, nesses
momentos, é aconselhável morder o colarinho da camisa ou a gola da blusa
que se está usando. Assim, quem está falando mal de nós morde a língua e
cala a boca.
Simpatias e amuletos
Por
falar nisso, ainda se podem mencionar as “simpatias”, procedimentos ou
práticas que podem surtir efeitos extraordinários. Há quem ache que pode
conquistar o coração de outra pessoa colocando o seu nome num pires com
açúcar e acendendo uma vela. Também se pode colocar uma vassoura atrás
da porta de casa quando um visitante indesejado vai embora, de modo que
ele nunca mais volte.
Finalmente,
na categoria das crendices e superstições também se enquadram os
talismãs e amuletos, que protegem ou trazem boa sorte. É o caso das
ferraduras, dos pés de coelho, dos ramos de arruda e dos trevos de
quatro folhas.
"Chinelo virado, a mãe morre"
"Em noite de tempestade, deve-se tapar os espelhos, eles atraem raios"
"Bater na madeira isola o azar"
"Orelha quente, alguém falando mal"
"varrer o pé, comer o ultimo biscoito do pacote, não vai casar"
Eu sei alguns, e você???
"Em noite de tempestade, deve-se tapar os espelhos, eles atraem raios"
"Bater na madeira isola o azar"
"Orelha quente, alguém falando mal"
"varrer o pé, comer o ultimo biscoito do pacote, não vai casar"
Eu sei alguns, e você???
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