segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Agosto, mês de desgosto??? Que desgosto que nada!!! Agosto é mês do Folclore!!!

Caracterizado pela transmissão oral de geração para geração e pelo anonimato sobre a origem de elementos como lendas e crendices populares, o folclore é uma manifestação resultante de períodos históricos e dos povos que ajudaram na formação de uma localidade. No Paraná, o folclore mistura histórias e costumes de antigas tribos indígenas, grupos de escravos, de imigrantes e também das pessoas que chegaram ao Estado na época do tropeirismo, como gaúchos, mineiros e paulistas.

No Paraná, o folclore pode ser entendido como uma miscigenação entre os costumes trazidos pelos diversos imigrantes europeus e pelos escravos que colonizaram o Estado, com os dos povos indígenas que já se encontravam nesse território. Além disso, são fortes as influências deixadas por migrantes de outros Estados brasileiros, em especial, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Visando a manutenção das tradições de seus antepassados, existem grupos de descendentes de imigrantes que atuam na apresentação de danças e trajes típicos. Entre esses, os grupos folclóricos alemães, italianos, gaúchos, poloneses, portugueses e ucranianos são os de maior número no Paraná.
Sem origem definida, também são comuns em festas paranaenses a realização de algumas danças folclóricas como a Balainha, onde cada parte de um casal segura uma extremidade de um arco florido e passam por cima e por baixo do arco dos outros pares; o Pau-de-fitas, com fitas coloridas pregadas em um mastro de três metros de comprimento e manuseadas por pares que giram e entrelaçam as fitas formando vários desenhos; e a mais conhecida dança, o Fandango, marcada por um forte sapateado feito pelos homens, enquanto as mulheres rodeiam com suas saias, arrastando as sandálias, e batendo palmas ao som de violas, rabeca e pandeiro.

Para a preservação de costumes, a celebração de uma data, época do ano na agricultura, produto ou prato típico de uma região, ou ainda para homenagear uma figura religiosa, vários municípios realizam festas já tradicionais no calendário de eventos do Estado. Segundo a Secretaria Estadual da Cultura do Paraná (SEEC), essas festas já contabilizam um número superior a 160 comemorações. Por todo território paranaense, as festas mais populares são as Congadas, Folia de Reis, Festas do Divino, as festas de aniversário, voltadas aos pratos típicos ou em honra ao padroeiro ou padroeira de um município, e também as direcionadas a determinadas etnias como a japonesa Haru Matsuri – Festival da Primavera. Há ainda eventos tradicionais de algumas localidades como as Cavalhadas, em Guarapuava; a Festa do Fandango e a de Nossa Senhora do Rocio, em Paranaguá.
Outra característica do folclore é a existência e disseminação de contos e lendas populares, essas lendas geralmente tratam de temas como assombrações, milagres, manifestações religiosas, maldições, histórias sobre o monge João Maria, visões de lobisomens e outros seres fantásticos, tesouros escondidos, entre outros. Dentre as mais conhecidas no Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a lenda de Vila Velha, das Cataratas do Iguaçu e a lenda da mudança (referente à padroeira do Estado, Nossa Senhora do Rocio).

Herança deixada por diversos povos, o folclore é um dos aspectos responsáveis por criar uma identidade, baseando-se em todo um contexto histórico e na própria população de uma localidade. E, apesar das dificuldades e do desinteresse entre os mais jovens, é importante a transmissão de contos, músicas, danças e festas para garantir a contínua valorização da cultura em uma sociedade.


fonte: SEEC – Secretaria Estadual da Cultura do Paraná




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