Continuando com nossas questões para estudo, hoje, teremos mais uma questão sobre História do Paraná!!!
06. "A sociedade organizada em território hoje paranaense era semelhante à que se encontrava no restante do Brasil, mas não era idêntica." (WACHOWICZ, Ruy C. História do Paraná. Curitiba: Ed. dos Professores, 1968).
Assinale a alternativa correta sobre a história do Paraná.
a) O atual estado do Paraná originou-se da redivisão territorial do Brasil após o fracasso das Capitanias Hereditárias. O Paraná atual corresponde, aproximadamente, à antiga Capitania de Paranaguá, criada durante o governo de Tomé de Souza.
b) Embora a escravidão estivesse presente desde os tempos coloniais no território que hoje corresponde ao Paraná, aqui o trabalho escravo africano não foi tão importante como no Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia, nos períodos Colonial e Imperial.
c) Localizada em uma região temperada que favorecia a imigração europeia, a Província do Paraná não precisou utilizar a mão de obra escrava nos períodos Colonial e Imperial.
d) Por ser governada por uma elite que pretendia criar no Paraná uma sociedade de tipo exclusivamente europeu, a Província do Paraná foi a única do Brasil que não permitiu a importação de escravos africanos durante o século XIX.
e) A Província do Paraná aboliu a escravidão em seu território em 1864, antecipando-se, assim, à chamada Lei Aurea. A explicação dos historiadores para essa antecipação era o baixo grau de dependência da economia paranaense em relação a mão de obra escrava.
Já sabe a resposta???
Então confira:
A resposta correta é a alternativa "B"
Vamos saber um pouco mais???
As Capitanias Hereditárias
Em
1534, o rei de Portugal introduziu o sistema de capitanias
hereditárias, com a finalidade de facilitar a administração do Brasil. A
colônia foi dividida em 15 lotes, doados a 12 donatários, que, apesar
de terem poder total sobre elas, não eram seus proprietários.
As terras paranaenses estavam distribuídas em duas capitanias.
Uma foi doada a Martin Afonso de Souza, São Vicente, região compreendida entre a Barra da Baia de Paranaguá e Bertioga (SP)
A outra foi doada a Pero Lopes de Souza, chamada Sant’Ana, que descia da barra de Paranaguá até onde fosse legitima, pelo limite do tratado de Tordesilha, a ocupação portuguesa.
Deste modo, a capitania de São Vicente correspondia em nosso Estado, ao município de Guarapuava, Antonina, Paranaguá, e parte de Morretes. A capitânia de Sant’Ana correspondia aos municípios de Matinhos, Guaratuba e parte de Morrestes.
Por vários motivos as capitanias fracassaram e Portugal introduziu o Governo Geral. Os governadores gerais deveriam promover a pacificação dos índios, favorecer o povoamento e desenvolver economicamente a colônia.
A Capitania de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá foi um estado extinto que existia na América Portuguesa de 1656 até 1709 e que deu origem à região litorânea dos atuais estados brasileiros do Paraná e Santa Catarina, região Sul do país. Fundada pelo Marquês de Cascais em 1656, substituiu a Capitania de Santana, que teve início na foz da baía de Paranaguá e fim na atual cidade catarinense de Laguna, tendo como limites a Capitania de Santo Amaro (parte da segunda seção de Capitania de São Vicente) ao norte, o oceano Atlântico a leste e o Governo do Rio da Prata e do Paraguay a oeste, estados extintos delimitados pelo Tratado de Tordesilhas.
HOUVE ESCRAVIDÃO NEGRA NO PARANÁ?
É muito comum nos dias de hoje, ouvirmos pessoas afirmarem
que no Paraná não existiram escravos africanos, e que por isso, vivemos em uma
região praticamente europeia, ou seja, um pedaço da Europa no Brasil.
Como lemos na alternativa “d” da questão acima, existe uma ideia de que o Paraná deveria ser uma sociedade exclusivamente europeia e que não havia negros escravos no nosso estado, estes estereótipos vêm a colaborar com a ideia de um Paraná branco, uma região sem influências africanas, e assim consequentemente na conclusão de que no Paraná não houve escravos africanos.
Porém, não foi bem assim.
Houve sim escravos negros no Paraná, fato comprovado em diversas publicações em jornais da época (meados do século XIX), porém, aqui o trabalho escravo negro não foi tão representativo, até o inicio do século XIX, o numero era escasso devido a zona fronteiriça, de ocupação recente.
Nesta época, as atividades econômicas do Paraná se dividiam em duas áreas: no litoral havia a agricultura de subsistência e no planalto havia a pecuária.
Com a descoberta do ouro no litoral e a fundação dos primeiros povoados próximo as minas, dando início a Vila de Paranaguá, iniciou-se a chegada dos primeiros escravos africanos para trabalhar na extração do ouro (Meados do século XVII). O trabalho escravo era utilizado nas fazendas, na colheita do mate e nos engenhos (com o inicio do ciclo da erva mate no século XIX). Sem contar os escravos destinados ao trabalho doméstico nas cidades da Província, principalmente na capital.
Não diferente de outras partes do Brasil, onde a escravidão negra foi maior, o escravo paranaense também era tratado como mercadoria, um simples objeto de compra, venda, troca e aluguel.
Como lemos na alternativa “d” da questão acima, existe uma ideia de que o Paraná deveria ser uma sociedade exclusivamente europeia e que não havia negros escravos no nosso estado, estes estereótipos vêm a colaborar com a ideia de um Paraná branco, uma região sem influências africanas, e assim consequentemente na conclusão de que no Paraná não houve escravos africanos.
Porém, não foi bem assim.
Houve sim escravos negros no Paraná, fato comprovado em diversas publicações em jornais da época (meados do século XIX), porém, aqui o trabalho escravo negro não foi tão representativo, até o inicio do século XIX, o numero era escasso devido a zona fronteiriça, de ocupação recente.
Nesta época, as atividades econômicas do Paraná se dividiam em duas áreas: no litoral havia a agricultura de subsistência e no planalto havia a pecuária.
Com a descoberta do ouro no litoral e a fundação dos primeiros povoados próximo as minas, dando início a Vila de Paranaguá, iniciou-se a chegada dos primeiros escravos africanos para trabalhar na extração do ouro (Meados do século XVII). O trabalho escravo era utilizado nas fazendas, na colheita do mate e nos engenhos (com o inicio do ciclo da erva mate no século XIX). Sem contar os escravos destinados ao trabalho doméstico nas cidades da Província, principalmente na capital.
Não diferente de outras partes do Brasil, onde a escravidão negra foi maior, o escravo paranaense também era tratado como mercadoria, um simples objeto de compra, venda, troca e aluguel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário