quarta-feira, 21 de maio de 2014

Com a Palavra... Aline Jasper

Olá queridos amigos Tradicionalistas.
Continuando com nossa "coluna" de entrevistas, hoje trago o depoimento de Aline Jasper, ela é 1ª Prenda da 2ªRT/MTG-PR, e traz no coração a mesma gana de cultivar e difundir nossas Tradições. Mais um grande exemplo de Mulher!

Blog DC - Qual seu CTG, e o que te motivou a participar? Há quanto tempo participa do Movimento Tradicionalista?
AlineParticipo do CTG Rancho Alegrete, em Ponta Grossa, desde 2009, e sou 1ª Prenda Adulta da 2ª Região Tradicionalista do MTG-PR. Minha família sempre cultivou as tradições gaúchas, então esse gosto veio “de casa” mesmo. Algumas das memórias mais bonitas que tenho da minha infância são de ouvir música gaúcha com meu pai. Entrei no Movimento há 11 anos, em 2003, no CTG Porteira dos Municípios. Na época, minha irmã, Mônica, dançava na invernada adulta e eu comecei a acompanhar os ensaios, dançando “no cantinho” e pegando os passos das danças tradicionais. Era um ambiente muito gostoso! Acho que o que mais me motivou a participar e que fez eu me apaixonar pelo tradicionalismo foi esse ambiente de amizade e companheirismo que temos dentro dos CTGs. É um lugar em que se forma uma segunda família!

Blog DC - O que te motivou a participar dos concursos? Você teve apoio?
Aline - Logo no início da trajetória tradicionalista dela, a Mônica foi 1ª Prenda do CTG Porteira dos Municípios e, posteriormente, da 2ª RT. Na época, como eu ainda era bem jovem, eu não entendia muito bem o que era esse cargo e a responsabilidade que é carregar uma faixa de prenda. Mas, acompanhando os concursos da minha irmã e o envolvimento dela com a invernada cultural, comecei a entender a beleza desse trabalho das 1as Prendas e desenvolvi uma vontade imensa de poder, também, representar a nossa cultura. Por bastante tempo, não houve concursos na 2ª RT ou nas entidades das quais participei, então esse meu sonho foi sendo adiado aos pouquinhos... Hoje, percebo que esse adiamento de tantos anos foi positivo, já que eu pude amadurecer minha visão do tradicionalismo e me preparei muito durante esse tempo. Chegava a ser engraçado: mesmo sem ter nenhum concurso para eu me preparar, eu lia e relia o regulamento, pensava em poesias e músicas para a prova artística, preparei uma pasta de vivência, cheguei até a estudar os temas da prova escrita! Em 2012, minha mãe, Carmi, como Diretora Cultural da 2ª RT, incentivou e organizou o concurso interno do CTG Rancho Alegrete. É claro que eu pulei na chance de concretizar meu sonho... Posso dizer que sempre tive bastante apoio da minha família, principalmente da minha mãe, que não mede esforços para desenvolver e manter a Cultural aqui na 2ª RT. É graças a ela que podemos dizer com orgulho que nosso concurso da região, em 2013, foi um dos maiores do estado e nosso prendado tem trabalhado bastante para engrandecer o tradicionalismo.

Como é sua preparação para os concursos?
Antes de mais nada, eu analiso todos os mínimos aspectos do regulamento e separo tudo que é preciso ser feito, desde a documentação até as escolhas de músicas, danças e poesia para a prova artística. Faço um quadro esmiuçando tudo isso, pra que eu não me perca no que já fiz e ainda preciso fazer... Tenho pavor de esquecer algum quesito! (rs) Depois disso fica fácil, é só ir checando o que já foi feito! Como o concurso tem várias provas, acho importante ter organização, para não valorizar um quesito em detrimento dos outros.


Blog DC - No que os concursos e o próprio tradicionalismo, influenciaram na sua vida dentro e fora do CTG?
Aline - Hoje posso dizer que tento levar o tradicionalismo em todos os aspectos da minha vida. Sou mestranda em Jornalismo na Universidade Estadual de Ponta Grossa, e minha dissertação é justamente sobre a identidade cultural gaúcha no jornalismo. Acho essencial para a sobrevivência do Movimento esse engajamento dos tradicionalistas em, na medida do possível, aliar seus dons, aptidões e até mesmo a vida profissional ao engrandecimento da cultura gaúcha. Além disso, não há como negar que os valores trazidos pela cultura gaúcha não têm outro efeito que não a elevação da moral e da riqueza espiritual do indivíduo. Participar de um CTG e, em específico, de uma invernada cultural, muda completamente (para melhor) nossa vida e nossa visão de mundo!

Blog DC - O que é ser Prenda de Faixa na sua opinião?
Aline - Ser prenda de faixa é muito mais do que carregar um mero pedaço de couro como troféu. Essa faixa representa uma responsabilidade de divulgar, fortalecer e trabalhar pelo tradicionalismo, por meio de projetos, organização de eventos e aconselhamento de outros tradicionalistas. É se comprometer a botar a mão na massa pelo tradicionalismo! Quando uma prenda recebe uma faixa em um concurso que sintetiza os diversos aspectos da cultura e da tradição gaúcha, ela passa a representar todas as prendas – deve, portanto, ser um exemplo de comprometimento com essas mulheres gaúchas. Por isso ser prenda de faixa é um sonho tão gostoso de se realizar – a recompensa está em mais do que um mero troféu, mas sim na perpetuação das nossas tradições.

Blog DC - Deixe sua mensagem.
Aline - Sinto que o trabalho de lutar pelas tradições gaúchas é um trabalho de “formiguinha”: é nas iniciativas pessoais que se consegue engrandecer nossa cultura e fortalecer o Movimento. Gostaria de agradecer pela oportunidade de falar um pouquinho da minha trajetória e das minhas opiniões sobre o tradicionalismo e uso esse espaço para elogiar a iniciativa da Bruna Calixto em divulgar informações e conhecimento sobre a cultura gaúcha! É desse tipo de projeto que precisamos para que nosso MTG seja cada vez mais forte e atuante! Muito obrigada! 


Evento Cultura Plural na Estação Saudade em Ponta Grossa dia 17-05

Esta foi a entrevista com Aline Jasper, como já havia falado, mais uma Grande Mulher Gaúcha, e com nosso trabalho "formiguinha" vamos fortalecendo nossas raízes e levando adiante as nossas Tradições! Cada iniciativa por menor que seja é válida, na tentativa deste resgate.
Muito obrigada Aline, pela colaboração!!!

Aos nossos novos tradicionalistas, fica aqui a mensagem não só do blog DCDesgarrados, mas também da nossa Ilustre entrevistada, vamos de pouquinho em pouquinho reavivando a chama da Tradição, CTG e concurso é bem mais que competição, é difundir um propósito, guardar o que temos de maior valor, nossa identidade, nosso folclore, nossa Família, é carregar pro resto da vida momentos e amizades que só este mundo poderia nos oferecer, é presar pela união, pela humanidade! Por isso, mãos a obra, pra defender essa causa tão nobre, em tempos tão loucos!

Um forte abraço!!!

DC Desgarrados.

Quer conhecer a nossa entrevistada?
Facebook Aline Jasper: https://www.facebook.com/aline.jasper

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