Continuando com nossa "coluna" de entrevistas, hoje trago o depoimento de Aline Jasper, ela é 1ª Prenda da 2ªRT/MTG-PR, e traz no coração a mesma gana de cultivar e difundir nossas Tradições. Mais um grande exemplo de Mulher!
Blog DC - Qual seu CTG, e o que
te motivou a participar? Há quanto tempo participa do Movimento
Tradicionalista?
Aline - Participo do CTG Rancho Alegrete, em Ponta Grossa, desde
2009, e sou 1ª Prenda Adulta da 2ª Região Tradicionalista do MTG-PR. Minha
família sempre cultivou as tradições gaúchas, então esse gosto veio “de casa”
mesmo. Algumas das memórias mais bonitas que tenho da minha infância são de
ouvir música gaúcha com meu pai. Entrei no Movimento há 11 anos, em 2003, no
CTG Porteira dos Municípios. Na época, minha irmã, Mônica, dançava na invernada
adulta e eu comecei a acompanhar os ensaios, dançando “no cantinho” e pegando
os passos das danças tradicionais. Era um ambiente muito gostoso! Acho que o
que mais me motivou a participar e que fez eu me apaixonar pelo tradicionalismo
foi esse ambiente de amizade e companheirismo que temos dentro dos CTGs. É um
lugar em que se forma uma segunda família!
Blog DC - O que te motivou a
participar dos concursos? Você teve apoio?
Aline - Logo no início da trajetória tradicionalista dela, a Mônica
foi 1ª Prenda do CTG Porteira dos Municípios e, posteriormente, da 2ª RT. Na
época, como eu ainda era bem jovem, eu não entendia muito bem o que era esse
cargo e a responsabilidade que é carregar uma faixa de prenda. Mas,
acompanhando os concursos da minha irmã e o envolvimento dela com a invernada
cultural, comecei a entender a beleza desse trabalho das 1as Prendas
e desenvolvi uma vontade imensa de poder, também, representar a nossa cultura.
Por bastante tempo, não houve concursos na 2ª RT ou nas entidades das quais
participei, então esse meu sonho foi sendo adiado aos pouquinhos... Hoje,
percebo que esse adiamento de tantos anos foi positivo, já que eu pude
amadurecer minha visão do tradicionalismo e me preparei muito durante esse
tempo. Chegava a ser engraçado: mesmo sem ter nenhum concurso para eu me
preparar, eu lia e relia o regulamento, pensava em poesias e músicas para a
prova artística, preparei uma pasta de vivência, cheguei até a estudar os temas
da prova escrita! Em 2012, minha mãe, Carmi, como Diretora Cultural da 2ª RT,
incentivou e organizou o concurso interno do CTG Rancho Alegrete. É claro que
eu pulei na chance de concretizar meu sonho... Posso dizer que sempre tive
bastante apoio da minha família, principalmente da minha mãe, que não mede
esforços para desenvolver e manter a Cultural aqui na 2ª RT. É graças a ela que
podemos dizer com orgulho que nosso concurso da região, em 2013, foi um dos
maiores do estado e nosso prendado tem trabalhado bastante para engrandecer o
tradicionalismo.
Como é sua preparação
para os concursos?
Antes de mais nada, eu analiso todos os mínimos aspectos do
regulamento e separo tudo que é preciso ser feito, desde a documentação até as
escolhas de músicas, danças e poesia para a prova artística. Faço um quadro
esmiuçando tudo isso, pra que eu não me perca no que já fiz e ainda preciso
fazer... Tenho pavor de esquecer algum quesito! (rs) Depois disso fica fácil, é
só ir checando o que já foi feito! Como o concurso tem várias provas, acho
importante ter organização, para não valorizar um quesito em detrimento dos
outros.
Blog DC - No que os concursos e
o próprio tradicionalismo, influenciaram na sua vida dentro e fora do CTG?
Aline - Hoje posso dizer que tento levar o tradicionalismo em todos
os aspectos da minha vida. Sou mestranda em Jornalismo na Universidade Estadual
de Ponta Grossa, e minha dissertação é justamente sobre a identidade cultural
gaúcha no jornalismo. Acho essencial para a sobrevivência do Movimento esse
engajamento dos tradicionalistas em, na medida do possível, aliar seus dons,
aptidões e até mesmo a vida profissional ao engrandecimento da cultura gaúcha. Além
disso, não há como negar que os valores trazidos pela cultura gaúcha não têm
outro efeito que não a elevação da moral e da riqueza espiritual do indivíduo.
Participar de um CTG e, em específico, de uma invernada cultural, muda
completamente (para melhor) nossa vida e nossa visão de mundo!
Blog DC - O que é ser Prenda de
Faixa na sua opinião?
Aline - Ser prenda de faixa é muito mais do que carregar um mero
pedaço de couro como troféu. Essa faixa representa uma responsabilidade de
divulgar, fortalecer e trabalhar pelo tradicionalismo, por meio de projetos,
organização de eventos e aconselhamento de outros tradicionalistas. É se
comprometer a botar a mão na massa pelo tradicionalismo! Quando uma prenda
recebe uma faixa em um concurso que sintetiza os diversos aspectos da cultura e
da tradição gaúcha, ela passa a representar todas as prendas – deve, portanto,
ser um exemplo de comprometimento com essas mulheres gaúchas. Por isso ser
prenda de faixa é um sonho tão gostoso de se realizar – a recompensa está em
mais do que um mero troféu, mas sim na perpetuação das nossas tradições.
Blog DC - Deixe sua mensagem.
Aline - Sinto que o trabalho de lutar pelas tradições gaúchas é um
trabalho de “formiguinha”: é nas iniciativas pessoais que se consegue
engrandecer nossa cultura e fortalecer o Movimento. Gostaria de agradecer pela
oportunidade de falar um pouquinho da minha trajetória e das minhas opiniões
sobre o tradicionalismo e uso esse espaço para elogiar a iniciativa da Bruna
Calixto em divulgar informações e conhecimento sobre a cultura gaúcha! É desse
tipo de projeto que precisamos para que nosso MTG seja cada vez mais forte e
atuante! Muito obrigada!
Evento Cultura Plural na Estação Saudade em Ponta Grossa dia 17-05
Esta foi a entrevista com Aline Jasper, como já havia falado, mais uma Grande Mulher Gaúcha, e com nosso trabalho "formiguinha" vamos fortalecendo nossas raízes e levando adiante as nossas Tradições! Cada iniciativa por menor que seja é válida, na tentativa deste resgate.
Muito obrigada Aline, pela colaboração!!!
Aos nossos novos tradicionalistas, fica aqui a mensagem não só do blog DCDesgarrados, mas também da nossa Ilustre entrevistada, vamos de pouquinho em pouquinho reavivando a chama da Tradição, CTG e concurso é bem mais que competição, é difundir um propósito, guardar o que temos de maior valor, nossa identidade, nosso folclore, nossa Família, é carregar pro resto da vida momentos e amizades que só este mundo poderia nos oferecer, é presar pela união, pela humanidade! Por isso, mãos a obra, pra defender essa causa tão nobre, em tempos tão loucos!
Um forte abraço!!!
DC Desgarrados.
Quer conhecer a nossa entrevistada?
Facebook Aline Jasper: https://www.facebook.com/aline.jasper
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